Peixe invasor com 18 espinhos é encontrado em destino turístico na Bahia; espécie não tem predadores

  • 22/07/2025
(Foto: Reprodução)
Pescador encontra peixe-leão em estuário na Bahia Um peixe invasor foi capturado por moradores no destino turístico de Taipu de Dentro, na cidade de Maraú, no baixo sul da Bahia, no sábado (19). De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do município, o Peixe-leão é altamente venenoso e pode causar desequilíbrio no ecossistema marinho. O peixe-leão, originário do oceano Indo-Pacífico, foi encontrado em um estuário, ambiente de transição entre rio e mar que, inclusive, serve como berçário para muitas espécies de animais. O local também representa uma barreira importante para redução de impactos das mudanças climáticas e efeitos das marés sobre a cidade. Segundo a bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, Stella Furlan, o peixe foi resgatado e será objeto de pesquisa. 📲 Clique aqui e entre no grupo do Whatsapp do g1 Bahia "Eles colocam 30 mil ovos, que reproduzem em 26 dias, se alimentam de peixes até 70% do tamanho deles e comem 30 peixes a cada 20 minutos em média. Ele não tem predador, então pesquisadores, nativos, pescadores e todos que vivem do mar precisam se unir para conseguir controlar", disse a bióloga. Ela ainda alerta para a necessidade de cuidado ao encontrá-los, já que eles têm espinhos com venenos que podem causar dores ou até convulsões. "Precisamos capturar o animal sem tocar com a mão, registrar, tomar cuidados com os espinhos e avisar ao Inema o quanto antes e a Secretaria do Meio Ambiente", explicou Stella Furlan, que também é idealizadora do projeto Mergulho Consciente. Peixe invasor com 18 espinhos é encontrado em destino turístico na Bahia Reprodução/TV Bahia Peixe-leão: belo, venenoso e perigoso Peixe-leão Michael Gäbler/ Wikimedia Commons Com espinhos venenosos e aparência chamativa, o peixe-leão já foi registrado na Baía de Todos-os-Santos, que fica a cerca de 130 km da Baía de Camamu, onde Maraú fica localizada, e apresenta vários riscos. São eles: População cresce rapidamente. Se reproduz muitas vezes ao ano e consegue gerar milhares de ovos e larvas durante os processos reprodutivos. Na fase adulta ele pode alcançar até 47 cm com 18 espinhos venenosos. Potenciais predadores não o reconhecem como presa, por não ser uma espécie nativa. Se alimenta desenfreadamente, o que pode causar colapso em algumas cadeias alimentares. Espécie invasora também pode ser perigosa para seres humanos que a toquem acidentalmente. Dependendo da quantidade de peçonha na pele do indivíduo, pode causar alterações de pressão arterial, parada cardíaca e infecção. Na Baía de Todos-os-Santos, foram notificados, até junho deste ano, cinco indivíduos de peixe-leão em idade adulta e reprodutiva, segundo a Sema. Eles foram avistados na região de Morro de São Paulo, baixo sul do estado, e em Salvador. Até então, não existe um programa de monitoramento específico para detectar a espécie. Os registros feitos são considerados pontuais e eventuais. A Secretaria do Meio Ambiente informou que a bioinvasão da espécie é muito recente na Bahia, e que iniciou a elaboração dos "Protocolos de Alerta, Detecção Precoce e Resposta Rápida". Além disso, oficinas serão realizadas no segundo semestre de 2025 para a elaboração de um documento de forma conjunta e participativa. Retirada de mais de cinco toneladas de corais Mais de 5 toneladas de espécie invasora são retiradas da Baía de Todos-os-Santos Sema/Inema Na quarta-feira (17), mais de cinco toneladas de uma espécie invasora de corais foram retiradas das águas da Baía de Todos-os-Santos, em pontos da costa da Ilha de Itaparica, como a ponte da Marinha, a Marina e a área de Pandelis. A operação foi liderada pela Prefeitura de Itaparica, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), e tinha o objetivo de conter os impactos causados pelo octocoral Chromonephthea braziliensis. No total, foram removidos 5.549,57 quilos de organismos invasores: 2.939,42 kg na primeira etapa, na Ponte da Marinha, e outros 2.610,15 kg na segunda. Mudanças climáticas e ação humana Os especialistas afirmam que o movimento também está ligado ao aquecimento das águas, à intensa circulação marítima internacional e às mudanças nos ecossistemas costeiros causadas por poluição, urbanização e alterações climáticas. "As mudanças climáticas estão afetando os ecossistemas e as espécies de várias formas. Os impactos estão muito acentuados pelas questões climáticas e tudo isso pode favorecer a expansão das áreas de ocorrência das espécies invasoras", explicou diretor de políticas e planejamento ambiental da Sema, Tiago Porto. Como combater as espécies exóticas invasoras na Baía de Todos-os-Santos Arte g1 A remoção das espécies segue protocolos de manejo estabelecidos pela Sema, e a identificação delas é feita por parceiros como professores da Ufba e a ONG Promar. A presença delas acende um alerta na Baía de Todos-os-Santos, mas a comunidade pesqueira tem um papel importante. “O pescador é o primeiro a perceber quando algo muda no mar. É ele quem pode nos ajudar a monitorar e agir rápido. Mas é preciso dar estrutura, formação e apoio para isso”. O que fazer se encontrar um animal exótico invasor Para evitar o avanço das espécies nas regiões, equipes da Secretaria de Meio Ambiente começaram a organizar, em 2023, um plano de resposta à bioinvasão. As orientações são: Não mate e não faça a retirada. Entre em contato pelo e-mail peld.bts@gmail.com. Para a pessoa ficar apta a realizar a remoção da espécie, deve-se protocolar um pedido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a indicação da espécie a ser removida e da tecnologia que será utilizada. "O Ibama vai fazer uma avaliação dos riscos ambientais da estratégia, porque pode ser que a boa intenção de remover aquela espécie possa causar um impacto ambiental ainda maior, se não for feita da maneira correta", explicou o diretor de políticas e planejamento ambiental da Sema, Tiago Porto. LEIA MAIS: Por ano, espécies invasoras causam prejuízos de até R$ 15 bilhões no Brasil Lista do ICMBio revela presença de 290 espécies exóticas invasoras em unidades de conservação brasileiras Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/22/peixe-invasor-e-encontrado-em-destino-turistico-na-bahia.ghtml


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